“A generosidade - o amor - é o fundamento de toda socialização porque abre um espaço para o outro ser aceito como ele é. E, a partir daí, podermos desfrutar sua companhia na criação do mundo comum, que é o social”
Humberto Maturana

não sabe quem ajudou), felizmente, a generosidade, em si, está cada vez mais “visível”. Basta ligar a TV para conferir: a cada pouco pipoca uma campanha de solidariedade e os noticiários mostram variados programas de trabalho voluntário. Adultos, jovens e crianças de todas as classes sociais, raças e crenças estão dedicando seu tempo e seu talento a ações comunitárias, populações menos favorecidas, doentes internados em hospitais, instituições que atendem crianças necessitadas de cuidados especiais, programas de reforço escolar e alfabetização eletrônica... Enfim, estão participando de propostas que abrem caminho para uma sociedade mais democrática, cujos recursos e conquistas possam ser usufruídos por todos. A generosidade não é um direito, tampouco um dever. Não é regida por leis. É fruto da nobreza de caráter, uma virtude que nos faz sentir parte de algo maior que nós mesmos, que nossa família ou que nosso país. Ela nos humaniza e nos mostra que, no essencial, somos todos iguais: evitamos sofrer; buscamos felicidade, paz, justiça, realização; desejamos ser queridos e respeitados. Ninguém, em são juízo, fica indiferente ante as inundações na Ásia ou a miséria na África. Nos sentimos irmanados com esses povos, embora tão distantes, e sentimos vontade de fazer algo. Não importa a forma da contribuição — Alimentos, conhecimentos, dinheiro, tempo, conforto espiritual. Só o fato de participar da reparação já renova nossas forças e fortalece àqueles que auxiliamos. Entretanto, a generosidade não se expressa apenas nos momentos de aflição. Na semana passada, uma colega de trabalho fez aniversário e nossa turma deu a ela uma caixa de bombons. Contente com a surpresa, ela abriu a caixa, pegou um e ofereceu o restante para nós, dizendo que eles eram mais gostosos quando compartilhados.
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