REDESCOBRINDO A SOLIDARIEDADE

“Quem faz o próximo sofrer pratica o mal contra si mesmo.
Quem ajuda aos outros ajuda a si mesmo”


Leon Tolstoi


Por que a sensação de solidão é tão comum em nossos dias? Pode ser por não nos sentirmos parte da família humana, com a qual precisamos nos unir, trocar idéias, nos relacionar. Por que isso acontece principalmente nasgrandes cidades? Vamos pensar juntos…
No começo da noite, em muitos lugares do mundo, as pessoas voltam para casa após um dia de trabalho, estudo e ocupação. Ao entardecer, a maioria de nós,  habitantes dos centros urbanos, não consegue admirar, no meiodos prédios e da iluminação das ruas, como é bonita a chegada da no ite. Esquecemos do magnífico céu estreladopairando sobre nossas cabeças e passa desapercebido que todos somos irmãos, filhos e filhas de um fenômeno muitoraro, que é a vida.
Banalizados pelo cotidiano e movidos por um gesto rotineiro, damos uma pausa ao nosso corpo, depois de uma dura jornada. Apertamos o botão da televisão. Várias telinhas ligadas, em diversos lares do mundo, mostram cenas de um colorido fantástico. Na novela das oito, a atriz desfila, com seu corpo perfeito, as roupas da moda.Imagens de carrões e riqueza, seja nas propagandas ou nos filmes, passam a mensagem de que luxo, beleza do corpo e sucesso são os objetivos fundamentais da vida. Esse culto a uma imagem bonita e rica gera um modelo de perfeição impossível de ser alcançado. Mas alimenta, economicamente, vários setores da sociedade. De alguma maneira, todos entramos no embalo desse movimento insaciável e imediatista, onde o individualismo e a competição são personagens principais no cenário dasociedade financeira. Porém, poucos são os privilegiados que têm esses recursos.Na televisão vemos também o noticiário. Tomamos conhecimento de que o que ganham as duzentas pessoasmais ricas do mundo é igual ao que ganha quase 40% de toda a humanidade. Ao mesmo tempo, vemos cenas defome e de dor no meio da riqueza! Indignados pelo sofrimento causado por essa desigualdade, automaticamente redescobrir a solidariedade.